sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Tudo e nada

Eu queria saber de tudo. Eu queria poder descobrir a fórmula da paz, do amor e da preocupação sadia. Quem sabe até mesmo da coca-cola, só por curiosidade. Eu queria saber como me tornar milionária, como ter tanto sucesso, como saber cantar. Engraçado é que se eu soubesse disso tudo, não teria mais graça.

Mais engraçado ainda é que se eu soubesse como controlar tantos sentimentos, eu não teria nenhum. Sentimentos nem sempre são bem-vindos em mim. Principalmente, eu não gosto de amar em tempo integral. Preferia tê-lo somente nos bons momentos, onde eu posso rir de estar nesse estado e reparti-lo com quem merece.

Mas concluo que sem o que nós chamamos de ‘maus’ momentos, isso não seria o amor. Como disse Nietzsche, talvez tenhamos mesmo que abrir mãos das dicotomias. O que será o mau e o bom? O que será amar num bom momento ou num mau? Não existe. Amar é apenas amar, sem distinções. Faz parte englobar todos os momentos, para que se viva a realidade plena, como ela é. Descubro que querer viver o amor parcialmente não é ter o ‘amor fati’. Não é ter amor ao próprio fato de amar.