quarta-feira, 25 de abril de 2012

- Dê-me um minuto. Pediu ele antes de saírem, indo no banheiro e respirando fundo. Ela não precisava do amor dele. Amor esse que ela nem se quer havia pedido por. Amor esse que de fato ele nem oferecera, mas  na verdade oferecia todos os dias em pequenas ações. Só que não na imensidão exata.

A coisa mais linda do mundo



Apaixonar-se é conviver com uma pessoa e depois de um tempo - tempo esse que você foi babaca o bastante fingindo que isso não estava acontecendo - perceber que está ao lado de uma pessoa que é perfeita em todos os sentidos pra você, não só aparentemente ou financeira-mente. Isso vem daqueles pequenos detalhes, tipo as conversas bobas e os risos mais ainda, que te fazem pensar em como você gosta de ver aquela pessoa sorrir, porque tem lábios lindos e o som pode parecer estranho por ser alto demais, mas é o melhor som do mundo. 

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Foi só um sonho ruim, mas era tão real.

Ela abriu os olhos e queria voltar a dormir, mas isso a assustava. Talvez não o suficiente para impedir o sono.

Ela confiava nele mais do que tudo no mundo. Ele era seu ponto de bondade no meio de todo caos. Era dele que vinha a fé para acreditar que as pessoas não eram todas imundas. Imagine só, estar errada.

Ela, no começo, fingiu não se importar. Contaram-na o que ele fez e ela simplesmente sorriu. “- Você não vai fazer nada?” a outra latiu na sua cara com toda a falsidade que carregava. Ela negou com palavras. Não precisava que a outra soubesse como tudo havia perdido o sentindo. Estavam todos juntos, num reunião casual e ao saber disso ela o levou dali. Receber a confirmação do que a outra lhe dissera, vinda dele, foi como uma facada cravada nas costas, que lhe cruzava transversalmente de modo lento. Por que ele fizera aquilo? Ela não era o suficiente? Ele não jurava tanto amor? Vagou nas ruas procurando um amigo, só um, mas não havia ninguém. Sangrava mesmo que ninguém visse. Canalha! Ele nem merecia todo aquele sofrimento. As lágrimas lhe inundavam os olhos e riscavam o rosto, misturando-se a maquiagem. Os soluços quase a sufocava, mas dane-se. Não poderia ficar pior. Ele era a última pessoa, a última que ela poderia imaginar que a machucaria assim. Ele e todas as suas palavras bonitas. Ele e todo o seu porte sério. Ele e toda sua devoção. Quando poderia ter acontecido? Quando de fato ele começara a talhar aquela ferida pelas suas costas, de baixo para cima, que no final do corte já tão fundo chegara ao coração?

Ela não queria terminar aquilo o que tinham, mas percebia que não tinham mais nada. Sentia nojo, repulsa, frustração, tristeza. Como olhá-lo novamente?

Ela não queria ter que tomar aquela decisão, por que a vida pareceria incompleta na ausência dele, mas pior ainda a vida seria uma mentira se simplesmente o perdoasse.

Por sorte, fora só um sonho angustiante.